sexta-feira, novembro 28, 2003

Fragmentos #4

Que demónios criamos nós para esquecer diariamente o importante ?
Haverá ainda um luz de esperança de Redenção ?
A resposta ainda está entre nós mesmo quando tudo é posto em causa, mesmo quando tudo deixa de ter sentido.
Fragmentos #3


«A pedra que os construtores rejeitaram, tornou-se pedra angular.»
(Sl 117[188],22).
O Desperdício de uns é a riqueza de outros, obrigado Senhor por me mostrares hoje a minha soberba.

quinta-feira, novembro 27, 2003


Fragmentos #2
Una furtiva lagrima
negli occhi suoi spuntò...
quelle festose giovani
invidiar sembrò...
Che più cercando io vo?
M'ama, lo vedo.
Un solo istante i palpiti
del suo bel cor sentir!..
Co' suoi sospir confondere
per poco i miei sospir!...
Cielo, si può morir;
di più non chiedo.

Eccola... Oh! qual le accresce
beltà l'amor nascente!
A far l'indifferente
si seguiti così finché non viene
ella a spiegarsi.

L'elisir D'amore - G. Donizetti

Fragmentos #1
Ainda me surprende o espanto que fica depois do passado.

quarta-feira, novembro 26, 2003

The The

Canções pop quase perfeitas com forte presença das letras e da voz.
Os The The são Matt Jonhson, ... os outros são sempre convidados a juntar os seus talentos ao brilho dele . Mind Bomb juntou Matt Jonhson e Jonny Marr , combinação perfeita para este álbum representativo de uma época que precisava de uma consciência musico-moral.... em escuta para Armageddon Days com uma letra completamente actual afinal as questões de 89 podem ser tão reais agora como então.

Adição

Já tinha lido comentários no mal , mas nunca a curiosidade me tinha atirado para este ponto negro na escuridão, hoje na espera do tempo de uma aplicação resolvi passar por lá.
Por isso pela qualidade do escrito, pelo bom gosto ( confesso muito perto do meu, mas isto é o meu blog por isso posso ser presunçoso ) recomenda-se a leitura atenta, já agora não deixem de seguir também as sugestões... este é efectivamente um ponto de bom gosto.

sábado, novembro 22, 2003


Dreams II
O que se sente é um profundo vazio
Ainda assim muitas vezes são os sonhos que nos conservam na sanidade possível
A ausência de uma expressão real, materializável num toque ou num olhar,
torna-se motivo de ansiedade muitas vezes despoletada por se ver na vida de outrem a conquista inatingível.
Dreams I

Last night I dreamt
That somebody loved me
No hope, no harm
Just another false alarm

Last night I felt
Real arms around me
No hope, no harm
Just another false alarm


So, tell me how long
Before the last one ?
And tell me how long
Before the right one ?


The story is old - I KNOW
But it goes on
The story is old - I KNOW
But it goes on


Oh, GOES ON
And on
Oh, goes on
And on

quinta-feira, novembro 20, 2003


Lotús Azul

Se não acreditam no que há de bom e de novas ideias em Portugal vão á Rua do Alecrim, no Palácio Pombal, até dia 28, visitem os trabalhos de Pós Graduação dos alunos do IADE e vejam em especial este trabalho.
Aviso não sou parte interessada nem promovo á comissão.

Natureza Humana
"Acho que é da natureza humana, querer ter mais do que aquilo que tem, alcançar o que não está ao seu alcance"
From L

segunda-feira, novembro 17, 2003


Obrigado

Hoje fechei o peito de morte
E assim estive até que me resgataste,
Com uma simples pergunta, talvez mais afirmação…
Porque viste e entendeste tudo o que sentia,
Aquele olhar perdido.

domingo, novembro 16, 2003

Mãe do Mundo

Esta podia ser a Mãe do Mundo,
A que traz a dor nos olhos
A esperança escrita na rugas do tempo
A certeza que por menos filhos que sejamos ela está sempre do nosso lado.
Passear
Passear numa tarde de Domingo
Com um livro debaixo do braço.
Andar sem destino e nada encontrar que nos pare
Sem nada que acompanhe as palavras,
Que sozinhas se desprendem e desaparecem no passado.
Passear numa tarde de Domingo
Com um livro por companhia,
Que vai connosco e já não volta como foi.

sábado, novembro 15, 2003

Amigos
Quis escrever sobre os meus amigos, dedicar a cada um post, mas por um estranho acaso sempre que tentei escrever fui sempre impedido de o fazer.
Assumo que há coisas que não se devem contrariar não estava destinado, e pronto.
Depois pensei que escrever sobre o que cada um de vocês é para mim era definir algo, parar no tempo um sentimento, e para mim vocês estão acima de qualquer definição, acima de qualquer tempo, acima de qualquer palavra.
O meu obrigado a todos os que eu considero meus, possessivamente admito, amigos.

segunda-feira, novembro 10, 2003

Encantos II

Não lhe conheço todos os filmes, não me pronuncio quanto à sua arte mas tenho uma admiração quase platónica por ela.
The Smiths
There Is A Light That Never Goes Out

Falar deles é falar de mim, é sentir em tudo o que sou ou faço os ecos das letras na minha vida, falar deles é dizer que me marcaram, me deixaram por muitos e muitos anos a pensar…Falar deles é um misto de admiração e encantamento juvenil que se prolonga para a minha vida adulta e adquire cada vez mais sentido à medida que os anos passam. Falar deles é invocar os tempos de preto vestido sem concessões, é invocar os sapatos que ainda tenho e uso, falar deles é deixar-me fascinar pelo triste e belo.
Falar deles é falar de Manchester e do sonho de viajar para lá e sentir saudades de uma viagem que nunca faria por estar fora do tempo certo.
Falar deles é falar do meu álbum de vinil preferido comprado em Lisboa numa loja de discos no Arieiro um ano depois de terem acabado.
Falar deles é tão bom, ouvi-los continua a ser muito melhor.
Falar deles dá vontade de colocar aqui as letras todas, aquelas que me fizeram crescer antes de tempo, as que me fizeram amanhecer triste e nunca mais voltar a sentir alegria numa manhã do mundo, sem que isso me perturbe.
Não falar deles num sítio onde falo de mim seria não falar de todo.


Take me out tonight
Where there's music and there's people
And they're young and alive
Driving in your car
I never never want to go home
Because I haven't got one
Anymore

Take me out tonight
Because I want to see people and I
Want to see life
Driving in your car
Oh, please don't drop me home
Because it's not my home, it's their
Home, and I'm welcome no more

And if a double-decker bus
Crashes into us
To die by your side
Is such a heavenly way to die
And if a ten-ton truck
Kills the both of us
To die by your side
Well, the pleasure - the privilege is mine

Take me out tonight
Take me anywhere, I don't care
I don't care, I don't care
And in the darkened underpass
I thought Oh God, my chance has come at last
(But then a strange fear gripped me and I
Just couldn't ask)

Take me out tonight
Oh, take me anywhere, I don't care
I don't care, I don't care
Driving in your car
I never never want to go home
Because I haven't got one, da ...
Oh, I haven't got one

And if a double-decker bus
Crashes into us
To die by your side
Is such a heavenly way to die
And if a ten-ton truck
Kills the both of us
To die by your side
Well, the pleasure - the privilege is mine

Oh, There Is A Light And It Never Goes Out
There Is A Light And It Never Goes Out

domingo, novembro 09, 2003

"The Majority rules only those who let them"
Trata-se de um exercício arriscado mas que para mim faz todo o sentido, a frase é de uma publicidade aos meus sapatos preferidos, o poema esse é do meu poeta preferido, as conclusões do que sair são para quem se preocupa com isso, eu não...

"Vem por aqui" - dizem-me alguns com os olhos doces
Estendendo-me os braços, e seguros
De que seria bom que eu os ouvisse
Quando me dizem: "vem por aqui!"
Eu olho-os com olhos lassos,
(Há, nos olhos meus, ironias e cansaços)
E cruzo os braços,
E nunca vou por ali...

A minha glória é esta:
Criar desumanidade!
Não acompanhar ninguém.
- Que eu vivo com o mesmo sem-vontade
Com que rasguei o ventre a minha mãe

Não, não vou por aí! Só vou por onde
Me levam meus próprios passos...

Se ao que busco saber nenhum de vós responde
Por que me repetis: "vem por aqui!"?

Prefiro escorregar nos becos lamacentos,
Redemoinhar aos ventos,
Como farrapos, arrastar os pés sangrentos,
A ir por aí...

Se vim ao mundo, foi
Só para desflorar florestas virgens,
E desenhar meus próprios pés na areia inexplorada!
O mais que faço não vale nada.


Como, pois sereis vós
Que me dareis impulsos, ferramentas e coragem
Para eu derrubar os meus obstáculos?...
Corre, nas vossas veias, sangue velho dos avós,
E vós amais o que é fácil!
Eu amo o Longe e a Miragem,
Amo os abismos, as torrentes, os desertos...

Ide! Tendes estradas,
Tendes jardins, tendes canteiros,
Tendes pátria, tendes tectos,
E tendes regras, e tratados, e filósofos, e sábios...
Eu tenho a minha Loucura !
Levanto-a, como um facho, a arder na noite escura,
E sinto espuma, e sangue, e cânticos nos lábios...

Deus e o Diabo é que guiam, mais ninguém.
Todos tiveram pai, todos tiveram mãe;
Mas eu, que nunca principio nem acabo,
Nasci do amor que há entre Deus e o Diabo.

Ah, que ninguém me dê piedosas intenções!
Ninguém me peça definições!
Ninguém me diga: "vem por aqui"!
A minha vida é um vendaval que se soltou.
É uma onda que se alevantou.
É um átomo a mais que se animou...
Não sei por onde vou,
Não sei para onde vou
- Sei que não vou por aí!
Cantico Negro - José Régio
Escolhas
Esta ficou-me para a vida
Encantos I

Há poetas que nos trazem tanta coisa que por mais que se queira agradecer tal nunca é possível.
Este trouxe a Poesia e juntou a musica para me encantar

Mas pra que
Pra que tanto céu
Pra que tanto mar,
Pra que
De que serve esta onda que quebra
E o vento da tarde
De que serve a tarde
Inútil paisagem
Pode ser
Que não venhas mais
Que não venhas nunca mais
De que servem as flores que nascem
Pelo caminho
Se o meu caminho
Sozinho é nada
É nada

sexta-feira, novembro 07, 2003


Acreditar

Sigo caminhos que não são meus
Passo por veredas que não conheço
Arrisco espreitar alem da duna
Morro se a seguir estiver o nada

quinta-feira, novembro 06, 2003


Rádio
De vez em quando dá-me saudades dos meus tempos de rádio.
Traz-me a memória o pânico do arrancar a tempo
Do cigarro fumado nos minutos da música a tocar
Da branca em directo, da luz vermelha que nos deixa ser ar
Das escolhas que se fazem em casa
E se alteram 10 segundos antes de trocar de faixa…
Em tudo parecido com a vida fora do Estúdio.
Barulhos de Gente
Voltei aos antigos barulhos,
O som dos que querem chegar,
O murmúrio da vida alheia
Que sobre as cabeças se espalha até ao infinito
Pedaços de vida alheia prendem-nos a atenção
O som da vida …
O som da vida dos outros....

quarta-feira, novembro 05, 2003

Traumas da Escrita
Tinha 15 anos quando li o Memorial do Convento, lio para saber que não gostava, como quem come um prato de sopa, da história que não gostei por ai alem nada tenho a dizer, cada um é livre de ter as ideias que quiser. Da escrita sem pontos ou virgulas ficou o trauma ... ainda hoje não consigo acertar com a pontuação nas frases, por causa disso escrevo muito mais a explicar o que quero dizer do que a dizer o que quero .
Escrita
Não sei escrever, gostava, mas não sei alinhavar mais que uma ideias numa frase ando a aprender as formas como as palavras juntas ganham vida e se transformam em ideias, esta página mais não é que um exercicio de escrita se algum dia lerem, ( se houver alguem que lê isto ) algo que valha a pena foi somente porque parei na escrita um dos meus pensamentos.

domingo, novembro 02, 2003

Promessa

Não quis faltar-te a uma promessa , aqui está é só para ti, não te preocupes foi bom, o teu namorado é simpático, não conheço a tua amiga, a outra amiga ficou bem entregue em casa, eu não fiquei doente por causa do jantar, e adorei olhar para ti e ver brilhos de felicidade nos olhos. Essa é a minha prenda de Natal antecipada .... pronto agora já sabes a minha opinião !

sábado, novembro 01, 2003

Ontem

Ontem foi um dia bom, apesar da febre que me assaltava, apesar das dores no meu corpo, ontem foi um dia bom dizia eu o mal resolveu deixar-me sem palavras perante a beleza das deles, a incerteza fez o mesmo.
Ontem foi também um dia de estudo, voltei a morte, ás agressões, ás teorias que decompõem a barbárie a elementos estudáveis.
Ontem foi um dia bom, deitei-me cedo, dormi muito, descansei.
Se ontem foi um dia bom porque é que eu não sinto alegria nenhuma em mim....