Bandeiras ao fogo !
Depois de termos o prazer de receber os elogios por um Euro 2004 que nas palavras de todos foi o melhor de sempre em termos organizativos, pergunto-me onde está essa capacidade organizativa, dinamizadora e civilizada da sociedade portuguesa perante o flagelo anual dos incêndios.
No Euro demonstrámos que podemos ser , se quisermos, um povo mobilizado para uma causa, não obstante eu não me rever nessa causa, não deixei de me surpreender com ela .
Pergunto, se o fizemos para apoiar uma equipa porque não noto esse esforço, essa entrega, agora que Portugal se veste de vermelho fogo e verde floresta, onde estão os voluntários do Euro a sua entrega e dedicação agora que precisamos de mil olhos não para olhar para as claques mas para olhar para a floresta, onde está a civilidade dos portugueses, que continuam, não obstante haver leis rigorosas sobre o assunto, a fazer queimadas e a usar fogo de artifício nas festas ou atiram cigarros pelas janelas dos carros, onde está aquele espírito fraterno que se assistia no final dos jogos que Portugal ganhava, desta vez aplicado a ajudar os que tudo perdem, onde está a nossa capacidade organizativa de montar um evento de dimensões europeias e de visibilidade mundial aplicada à preservação da nossa floresta ?A preservação do nosso País?
É necessário voltarmos a motivar-nos por Portugal e necessário demostrar que queremos e podemos contribuir para a urbanidade desenvolvimento do nosso país, para que da próxima vez que se pendurar a bandeira na janela ela não seja vermelho e cinza.
"As palavras são, tantas vezes, feitas daquilo que significamos" Antídoto José Luís Peixoto
sexta-feira, julho 30, 2004
quinta-feira, julho 29, 2004
terça-feira, julho 27, 2004
Darfur
Foto tirada no campo de Darfur autor desconhecido
Foi ela que me falou de Darfur pela primeira vez, fiquei chocado com as violações e as sub-condições de vida que se vivem neste campo de refugiados, fiquei chocado por não se saber mais e não ser mais divulgado, fico chocado agora quando se fala de Darfur como mais um fait-diver's noticioso, ao ponto de quando se anuncia uma intervenção britânica na área para tentar deter o genocídio esta ser encarada como uma ingerência igual ao Iraque.
As minhas palavras valem o que valem e ajudam quase nada, talvez só sirvam mesmo para fazer um alerta.
Mas a situação é dramática e relembram-me uma imagem da minha infância, as crianças dos campos de refugiados da Etiópia no ano de 1984 e uma frase da minha juventude a de um Padre Missionário que andou por África "Fome não é quando te apetece comer, fome é quando passas semanas sem o fazer e até merda comias se a tivesses".
Foto tirada no campo de Darfur autor desconhecido
Foi ela que me falou de Darfur pela primeira vez, fiquei chocado com as violações e as sub-condições de vida que se vivem neste campo de refugiados, fiquei chocado por não se saber mais e não ser mais divulgado, fico chocado agora quando se fala de Darfur como mais um fait-diver's noticioso, ao ponto de quando se anuncia uma intervenção britânica na área para tentar deter o genocídio esta ser encarada como uma ingerência igual ao Iraque.
As minhas palavras valem o que valem e ajudam quase nada, talvez só sirvam mesmo para fazer um alerta.
Mas a situação é dramática e relembram-me uma imagem da minha infância, as crianças dos campos de refugiados da Etiópia no ano de 1984 e uma frase da minha juventude a de um Padre Missionário que andou por África "Fome não é quando te apetece comer, fome é quando passas semanas sem o fazer e até merda comias se a tivesses".
segunda-feira, julho 26, 2004
sexta-feira, julho 23, 2004
quinta-feira, julho 22, 2004
terça-feira, julho 20, 2004
quarta-feira, julho 07, 2004
Fragmentos #105
Será no cair das folhas quando as árvores se despem de laranjas fogo.
Prometo vou chegar todos os dias tarde para jantar, e que saio de mansinho para os meus país não perceberem que te fui roubar um beijo ou a esperança dele, e ao domingo vou para a praia, junto a bandeira na Foz, mesmo que não esteja o sol de que tanto gostas.
Demora o tempo que quiseres, porque eu estarei sempre nos locais
que temos como nossos...,em todos eles, á tua espera, não vás tu regressar cedo sem aviso!
Será no cair das folhas quando as árvores se despem de laranjas fogo.
Prometo vou chegar todos os dias tarde para jantar, e que saio de mansinho para os meus país não perceberem que te fui roubar um beijo ou a esperança dele, e ao domingo vou para a praia, junto a bandeira na Foz, mesmo que não esteja o sol de que tanto gostas.
Demora o tempo que quiseres, porque eu estarei sempre nos locais
que temos como nossos...,em todos eles, á tua espera, não vás tu regressar cedo sem aviso!
segunda-feira, julho 05, 2004
"Sören"
Foi a primeira construção de Sophia que eu conheci nas "Histórias da Terra e do Mar", a partir dai foi um descobrir, ainda não completo, de maravilhas, de quem entendeu o mundo com uma visão muito própria, que encanta e fascina quem aceita deixar-se levar nas letras de Sophia.
Ps: Sören foi o nome que dei ao único animal de estimação que me tocou, tal como Sophia a minha tartaruga amava muito a água e desconfio que agora deve, tal como Sophia, estar a ser feliz num Mar Maior
Foi a primeira construção de Sophia que eu conheci nas "Histórias da Terra e do Mar", a partir dai foi um descobrir, ainda não completo, de maravilhas, de quem entendeu o mundo com uma visão muito própria, que encanta e fascina quem aceita deixar-se levar nas letras de Sophia.
Ps: Sören foi o nome que dei ao único animal de estimação que me tocou, tal como Sophia a minha tartaruga amava muito a água e desconfio que agora deve, tal como Sophia, estar a ser feliz num Mar Maior
quinta-feira, julho 01, 2004
Porque estou farto !
Fotógrafo: Tom Scholz
Embandeirem as janelas, os carros, as lojas ,
Saiam á rua apitem, gritem, agitem bandeiras,
Sempre que o resultado nos dá laivos de imortalidade colectiva.
Os que passam fome,
os abusados sexualmente,
os que sofrem de violência doméstica,
os que aguentam sem emprego,
os que aguentam com salário de miséria
os que juntam água ao leite dos filhos
esse Pais segue quando o outro acabar !
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